Newton de chuteiras

O Zézão do apocalipse não se cansou de berrar durante a semana: “tudo que vai volta, toda ação tem reação, entregou um dia, vai se danar no outro” e um caminhão de converseiro. O certo é que, na matemática cadáver, o Palmeiras, caso perca para o Fluminense, e Bahia e Portuguesa vençam Cruzeiro e Botafogo, respectivamente, fora de casa, vai bailar mais uma vez com a Banda de Axé Asa de Arapiraca Série B Music – 2º edição.

Em 2009, era o Verdão quem lutava pelo título, e o Fluor, contra a degola. No 1º turno, o Palmeiras venceu os cariocas por 1 a 0, na estreia de Muricy Baralho. Na volta, o jogo da bagunça, com gol bisonhamente anulado, ameaças do então presidente Belluzzo a Carlos Eugênio Simon, o árbitro cabeçudo, e troco do Flu: 1 a 0. Em 2010, o Parmera deu uma forcinha para o Flu ser campeão, e o Corinthians ficar em 3º, para conhecer seu Tolima na Pré-Libertadores.

O gostoso de ser torcedor de um time é poder zoar o rival, fazer gozação. Mas isso acaba no torcedor, que fica no sofá, no estádio, que quer bola na rede, simples. Quando esse sentimento transborda no cartola, no dirigente, no jornalista, é uma babaquice. Todo time é repleto de maracutaias, esquemas, coisas pra lá de erradas. Nosso futebol atual está longe de ser pilar de moral e ética.

Nem Newton aguenta tanta babaquice

Na quarta-feira, o pedido de anulação do jogo contra o Internacional teve 9 votos a 0 contra a demanda palmeirense. Teve gente que posa de séria que achou graça, dizendo que o verde tava perdendo até no tribunal. Gente do stjd, que é minúsculo e gosta de aparecer, achou graça, tirou sarro, como se estivesse no sofá de casa.

Barcos fez gol de mão, houve interferência externa para anulá-lo, o árbitro do jogo não consegue apitar nem na gloriosa Várzea. Mas todo mundo vai se fazer de hipócrita e cegão, até que a pimenta não arda lá nos fundos, para recomeçar a lenga lenga e pouca bola rolando.

Vamos rodar

Mas como tragédia não dá futuro pra ninguém, vamos em frente com a 35º rodada do Campeonato Brasileiro, que além de Palmeiras x Fluminense, lá no Saara de Presidente Prudente, traz também Grêmio x São Paulo, outro jogaço, valendo a consolidação da Gauchada do 3º lugar, ou a tomada paulista do posto.

Na carga decisiva, o Atlético-MG visita o Vasco, que anda numa pindaíba, para encaminhar o vice-campeonato, que é coisa de vascaíno, mas que nem isso anda dando certo para os lados da caravela. 

O Figueirense, que já vai se planejando para a Série B, e anunciou Adirsu Batista para 2013, recebe o leão do Sport,  que ta assanhado e com fome de vitória para tentar empurrar alguém para a zona do rebaixamento.

Na zona do Feliz 2013 pra nós, o Corinthians encara o Coritiba, colocando óleo na engrenagem do Mundial, e o Náutico, o Rei dos Aflitos, quer dar um sacode no Framengo como presente de fim de ano. A Ponte recebe o Internacional, que ainda sonha com a Libertadores, mas vê que seu elenco milionário vai disputar mesmo é a Copa do Brasil, enquanto o Atlético-GO, o dono da lanterna, enfrenta o Santos, também com jeitão de vamos para a praia tomar água de coco, pessoal.

Estabanada

 

Dona Dorotéia nem mais no ar está, mas soltaria aquele “jesusmariajosé” gostoso para a paçocada arbitrária que vem acontecendo com nosso Campeonato Brasileiro. Ao invés de bom jogos e disputas empolgantes pela vitória, estamos consagrando a arbitragem, que deveria ser mera figurante no gramado, mas parece que gostou de assumir o papel principal, e ninguém se incomoda com isso.

Todo mundo sabe que arbitragem ruim não é só privilégio brasileiro, mas estamos entrando em um caminho perigoso de falta de credibilidade e dúvidas estranhas, aonde não deveriam existir. Para os Neandertais que defendem que a tecnologia vai tornar o futebol uma chatice, porque podem diminuir as polêmicas de boteco e segunda-feira, é melhor assistirem o Ruralzão, o vale tudo da bola.

O futebol cresceu demais, movimenta cifras astronômicas e é uma marca global. Não podemos mais pensar nele com amadorismo, incluindo os assoprados que o povo adora xingar. Profissionalizar a arbitragem é valido, não resolve todos os problemas, mas já é um primeiro passo, pois a função de árbitro no Brasil, hoje, é hobby, passatempo, complemento de renda.

Tem muita gente achando que a discussão do jogo entre Internacional x Palmeiras sem pé nem cabeça, descabida, chororô de time com o pé no rebaixamento. Vamos separar bem o joio do trigo, da rivalidade sadia entre adversários. Barcos fez um gol com a mão, até o Steve Wonder viu. Mas esse não é o ponto da discórdia.

Se o juiz e seus auxiliares não têm capacidade para ver um lance desses, e validam o gol, é gol, por mais bizarro e ilegal que seja. A fifa (minúsculo mesmo) prega que seus juízes devem morrer abraçados a um erro, não admiti-lo nem sob tortura. E Dona fifa também não admite uso de tecnologia e auxílio externo nas partidas, o que está ficando claro que ocorreu nesse jogo, com a interferência externa do delegado da partida para anular o gol de empate do Palmeiras.

Sou um jornalista palmeirense e não escondo dos meus leitores meu clube de coração. Muitos de nós não fazem isso, para depois posar de Dona Dorotéia, cheia de moral e bons costumes com seu time, achincalhando com os outros clubes, as quengas. Antes de tudo, você precisa olhar para o seu umbigo e enxergar seus problemas, antes de bombardear os outros.

 

 

O Palmeiras é a casa da mãe Joana versão paulista, primo do Flamengo em zona declarada. Se cair para a Série B, que caia, está fazendo por onde. Faltam jogadores que qualidade, gente com competência administrativa, visão de grandeza. Mas, por incrível que pareça, o Porquinho, alegria dos rivais, pode ajudar nesse interminável blábláblá sobre o uso de tecnologia. Se usada com bom senso e com regras definidas, a tecnologia ajudará, e muito, no desenvolvimento do futebol, na maior lisura dentro de campo. Tênis, futebol americano e basquete já se valem da tecnologia para auxiliar em lances duvidosos.

Só para ficar mais latente como nossa arbitragem é dura de roer mesmo, Lúcio Flávio, do Paraná, fez um gol de mão na terça-feira, diante do ABC, igualmente não visto pelo doutor de apito. Adriano, em 2008, deu uma mãozada também contra o Palmeiras, e o lance foi validado. Estabanados demais.

O resultado do jogo entre Palmeiras e Inter (2 a 1) está, por momento, congelado. Mas a pergunta que fica é: até quando aturar tanta ruindade, que chega a beirar a má fé de muitos árbitros, stjd, o escambau, ou o brasileiro que ficar vivendo de polêmica no futebol, que não acabará com a tecnologia, mas que podem se tornar menos injustas e grotescas. Ninguém parece se importa com a discussão, até que se pise no calo, e seu time seja prejudicado. Para quem venceu 5 Copas do Mundo, estamos ficando muito pra trás com a bola nos pés. 

La Rodadita

Mas como a boleta precisa rolar, amanhã e domingo tem a rodada 34 do Brasileironis no ar, com Grêmio x Ponte Preta, Cruzeiro x Santos, Flamengo x Figueirense, Vasco x Sport, Palmeiras x Botafogo, São Paulo x Fluminense, Atlético-GO x Corinthians, Portuguesa x Bahia, Coritiba x Atlético-MG e Náutico x Internacional.

 

 

Oh, Pai!

 

A idade de Cristo, o famoso 33, pintou na área futebolística desta semana. O Campeonato Brasileiro virou ali na curva da estrada, na rua sem saída. Para alguns times, tudo definido, mais ou menos em paz. Na abertura da rodada, o Santos, que já ta pensando no Natal e Ano Novo, ficou no 0x0 com o Náutico, que também garantiu a permanência na Série A, vai ficar, de camarote, assistindo a desgraceira do Sport, tentando sair da areia movediça.

E quem diria, a Ponte Preta, que há uma semana andava empacada nos 37 pontos, e virando a cobiça dos que querem sair do buraco, usou a força da Macaca em Campinas, venceu Neymar topetinho & Cia no domingo, e aproveitou a cara de paisagem do Cruzeiro, para aplicar mais 1 a 0 e ver a Série A se estabilizar em seus sonhos. Mas quem vê tudo manso e estável é o Fluminense, que venceu o Coritiba, e a cinco rodadas do fim, já vai dando tchauzinho pro Galo, pois o título vai se aproximando das Laranjeiras.

33, do céu ao inferno, ou versa-vice

Haja reza para tanto futebol ruim, minha gente!

 

Para quem ainda vai jogar na rodada, é bom aproveitar o número bíblico, fazer muitas orações, promessas para São Longuinho, ligar para o Inri Cristo, já que o nível de futebol apresentado anda bravo de assistir. No domingos, tem eleição, e não tem rodadinha, que acontece neste sabadón quente e abafado.

No Pacaembu, o Titemão começa a aquecer a engrenagem da preparação para o Mundial, e vai jogar com todos os titulares que estiverem à disposição, menos Emerson Sheik e Danilo, que estão dodóis. A bola da vez é o Vasco, que tem uma fagulha matemática de chance para a Libertadores, mas não passa nenhuma impressão de vai encavalar seis vitórias seguidas.

Lá para as bandas do Sul, tchê! o Parmera decide se continua sua recuperação para escapar da Zona da Bisonha. Contra o Internacional, que ganhou do Vasco fora de casa, o lema é trazer ponto ou pontos. O retrospecto, porém, é tenso. Há 15 anos, o Verdão não vence os gaúchos lá no Beira-Rio. Após levar uma sapatada para os Millionários, que já tiveram Puskas, Dí Stéfano e quase Pelé, mas hoje andam numa pobreza que só, tio Girsu Kreina e moçada estarão praticamente completos para os últimos jogos do Brasileiro, e tentar a sorte na roleta da sobrevivência.

Já o Dr. Sem Paulo, que ficou no zerão contra a poderosa Liga de Loja, do Equador, mesmo com três pênaltis não marcados, avançou às quartas de final da Copa Sula Miranda, assim como o Grêmio, que está uma posição a frente do Tricolor na tabela brasileira. Os dois têm pedreiras nordestinas na rodada. Os paulistas querem encostar na rabeira gremista, e para isso, precisam vencer o Sport no Recife. Já os gaúchos, para dormirem tranquilos no terceiro lugar, precisam bater o Bahia em Salvador.

Completando essa bagunça sem fim, o Botafogo, com chances remotas de Libertadores, recebe o Dragão goiano, que vai cuspir fogo na Série B em 2013, junto com os tornados do Figueirense, que recebe a Portuguesa, mas já vê a queda como anunciada em sua vida. Na quarta-feira, a moçada do Galo recebe o pessoal do Flamengo, e se não vencer as trancinhas do Vagner Love, o Fluminense vai estourar a primeiro champanhe.

 

 

 

 

Jogo dos 7

Neguinho que vacilar, peidar na vara, ou colocar a língua de fora nessa altura do campeonato, vai ficar com cara de paisagem quando dezembro apontar no horizonte, caso do Internacional, time de elenco rico, bem cuidado no cabeleireiro, manicure e pédicure, mas que anda levando surra de lanterna fora e de vice-lanterna dentro de casa. Assim, é meião de tabela e ares melancólicos no Beira-Rio.

O momento é crucial para o destino dos 20 aventureiros do Brasileirão. O jogo dos sete erros tem que virar o das sete rodadas de acertos. Lá no Olímpo, chamado de G-4, o Fluminense, 69 pontos, vai tranquilo, numa boa, e andando em quinta na ladeira, vai ficando cada vez mais campeão em 2012.

O Atlético-MG, 60 pontos que fez um ótimo 2 a 2 com o Santos na última quarta, e o Grêmio, 58 pontos, e que segurou o Fluminense em outro eletrizante 2 a 2, seguem rondando a ponta, mas sem aquela ameaça de fungar no cangote.

Quem anda dando aquele cheiro mais pertinho do cangote é o São Paulo, que após fazer a quadra de vitórias, se instalou dentro do grupo dos 4, a só 3 pontos do Grêmio. Lá no Olímpico, o time do pofexô Luxisburger recebe o Coritiba, que anunciou, após 15 anos, o retorno de Alex Cabeção, enquanto o Sem Paulo vai ao Rio duelar contra o Flalido, que anda sentindo o bafo do capeta lá da área de baixo.

Outros 2 confrontos estão intimamente entrelaçados. O Parmera, que conseguiu deixar os aparelhos da UTI ligados, ao vencer o Bahia, em Salvador, por 1 a 0, recebe o Cruzeiro, pala abertura da 32º rodada, em Araraquara, e mais uma vitória, combinada com uma derrota do Bahêa, que visita o Corinthians, pode trazer para 3 pontos a diferença entre os times. No momento, os baianos somam 35, o Sport, 30, e os verdes, 29.

Errou, dançou! 

A macarronada pesou

Já no domingones, dia oficial da macarronada, frango assado e maionese da mãe, tia e vó, o Brasileirão, que gosta de reservar surpresas, traz um super duelo para o pós-almoço e o pós-jogo de sofá. Lá nas bandas mineiras, o Galo, que todo mundo gosta de chamar de cavalo paraguaio, quer mostrar que isso é boato, e vencer o Flu dentro de casa, para sonhar bem com o título.

O Náutico, que é sapeca dentro dos Aflitos, e bota banca sem medo no Recife, mas fora da capital pernambucana não assusta nem recém-nascido, recebe a Portuguesa, um dos times que mais simpatizam com o empate, e por isso, nunca se descola de vez lá da parte de baixo. Já a Ponte Preta, que anda travada, recebe o Santos, ciente de que o povão lá de baixo ta de olho na sua desgraça. E como desgraça pouca é bobagem, o Atlético-GO, já na porta da segundona, mede forças com o Sport, que por enquanto está na proa do barco dos afundados, tentando achar um bote salva-vidas.

E fechando a rodadinha, mas só na quarta-feira da semana que vem, tem Vasco x Internacional e Figueirense x Botafogo. Lembramos aos passageiros da bola que tanto Palmeiras quanto São Paulo têm jogos decisivos pela oitavas de final da Copa Sula-Miranda. O Verdão vai até a Colômbia, ver se passa do Millionários, que só é rico no nome, enquanto o Sempa recebe a Liga de Loja, do Equador, precisando daquele 1 a 0 básico.

O Iluminado

Liguem urgente para a Dilma, roubem o laquê dela, deem um jeito de chamar a atenção da presidenta. Vamos abrir as fronteiras do Brasil e levar o programa Luz Para Todos para a Cristininha Kichner, nuestra vizinha. O que se viu, ou melhor, o que nem o Steve Wonder viu, não pode acontecer em um país que ganhou 2 Copas do Mundo e tem tradição no riscado. Super Clássico das Américas? Que isso, Argentinha?

Assim como o presidente da CBF, José Maria Marinha, que levou o primeiro jogo para Goiânia, para um agradinho político, Tia Kichner, que anda levando a Argentina para um estilo mais Venezuela Way of Life, também resolveu dar um agrado para Jorge Capitanich, governador da província de Chaco, e sediar jogo de volta de Brasil x Argentina na cidade de Resistência. Só que, momentos antes, do jogo, a Resistência foi pro buraco.

Jesusmariajosé. Acabou a luz do estádio, não tinha gerador reserva, caiu o palco, o palco caiu. Para os quase 20 mil corajosos que foram ao estádio, restou a cara de paisagem. Para quem esperava ver o jogo pela TV, sobrou o vácuo, tanto para telespectadores quanto para os transmissores da bagaça. E para essa dupla gracinha demais, Andréiz Sanches e Mano Meneis, ficou aquela cara de bunda velha.

Para os jogadores que viajaram, perderam tempo e preparação para a rodada do Campeonato Brasileiro e Argentino, para quem perdeu dinheiro e tempo com mais um jogo mequetrefe, disfarçado de clássico, um selinho da Hebe, que pegou o elevador celestial.

Obs: Não há datas disponíveis para a realização de um novo jogo. Na ida, o Brasil venceu por 2 a 1, e necessitava de um empate para levar o título. O que fazer para resolver essa pendenga, ou é melhor deixar pra lá?

Clássico Chokito

Hoje tem Choque-Rei, pela 28º rodada do Brasileirão, negada. É Sem Paulo de um lado, contra o Parmera de outro, belo! Um clássico que antes era Jogão demais. Hoje, anda mais ou menos. É o jogo da zaga de Rafael Dodói e Edson Silva, o Cabeção, contra os cabeções Thiago Heleno e Maurício Ramos. Fabuloloso x Babarcos. Valdívia do bigode no meio, contra Jadson, cara de assustado. E ainda tem Lucas, Assunção.

Mesmo se vencer no Morumbi, o que não acontece desde 2002, desde a chapelaria do Alex, que pode voltar ao clube em 2013, o Parmera não sai da zona ruim de doer nesta rodada. O Sport, que está um ponto na frente, levou uma sapatada de 5 a 1 do Sport, enquanto o Coritiba, o primeiro a se salvar do naufrágio, fez arroz com feijão, e ganhou de 1 a 0 da Ponte. Na próxima rodada, tem Palmeiras x Coritiba, em Araraquara.

Se o Sem Paulo vencer, se aproxima mas não entra no G-4, o que tem sido a tônica do campeonato tricolor. Mas a verdade é que esse jogo tem é cheirinho de 1 a 1, fio. Dos últimos cinco encontros (2011/12) foram três 1 a 1, uma vitória verde, e um 3 a 3 em Presidente Prudente.

La rodada

Ainda no ritmo eleitoral e sonrizal, o Náutico recebe o Corinthians nos Aflitos, e uma vitória pernambucana põe o Timbu mais ainda na zona do meião da tabela, perto da casa dos 40 pontos, coisas que o Titemão também quer o mais rápido possível, para virar a cabeça de vez para o Sol Nascente.

O Vaisxco, que balança, balança, mas não sai da quarta posição, vai até Goiás, enfrentar o lanternão Atlético-GO, que já parece condenado ao rebaixamento, enquanto o Santos, que ta no balanço do mal, ali entre os 10 últimos da tabela, recebe o Internacional, com a missão de vencê-lo, sem o Mininu Neymar. Quebra a cabeça aí, Tio Muriçoca.

Já lá na cabeça da área, o Fluminensis, o líder, faz o clássico carioca da vez, contra o Botafogo, que nem caga e nem sai da moita nesse campeonato. Quando está perto do G-4, coisas acontecem. Já o vice-líder, o Galo de Minas, sô! recebe o vice-lanterna Figueirense, que também já anda fazendo as malas para viajar para Bem longe. E o Grêmio, do Tio Luxa, abre o Olímpico, em seus dias finais, antes da inauguração da Arena Grêmio, com vontade de vencer o Cruzeiro, do professor Celsão Roth.

As 12 apóstolas

Faltam 12 rodadas, 36 pontos, e muita emoção, gritaria e cabelos a menos no ar. Para os que andam rondando a Zona Libertadora, caso do São Paulo, Botafogo, Internacional e Cruzeiro, é hora de mostrar aquela macheza, e beliscar o 4º lugar, que por enquanto, é do Vasco, já que é muito improvável que Fluminense, Atlético-MG e Grêmio sejam despejados do G-4. Mas no futebol, o Sobrenatural de Almeida é figura conhecida e gosta de aprontar das suas. Vide o Palmeiras 2009, que de líder, nem para a Libertadores 2010 se garantiu.

Já para os que andam na boca do capeta, ou na Zona da Bisonha, é bom correr, mas correr bem, pois a lâmina da guilhotina começou a descer. Cabeças vão rolar, minha gente. Da Ponte Preta, atual 11º, com 34 pontos até o Atlético-GO, na lanterna, com 20 pontos, a coisa ta feia, a coisa ta preta. Duas ou três más rodadas podem fazer uma bagunça na tabela.

Nesse balaio de possíveis desgraçados, estão Náutico, Sport, Bahia, Portuguesa, Palmeiras e Figueirense. E só para dar um calor na nuca, o Náutico, o valente Timbu pernambucano, recebe o Dragão de Goiás, e carimbando mais uma vitória nos Aflitos, vai se tranquilizando. E a Purtuguesa, que anda toda assanhada, quer dar uma cacetada no Galo, que de crista empinada no 1º turno, tá meio caidinho nessa fase do campeonato.

Pelas bandas paulistas, o Parmera, dos Tios Girsu Kreina e Marcos Assunção, recebe a Ponte Preta no Pacaembu, com missão de vitória. O Verdão, denunciado após a confusão e depredação do Pacaembu no jogo contra o Corinthians, deve “perder” os outros cinco jogos de mandante que lhe restam. Não podendo jogar em São Paulo, Araraquara, com a Fonte Luminosa, se torna a favorita para virar a casa palestrina até o fim do ano.

                                  Em quem vocês apostam para a reta final do Brasileirão 2012?

Já o Sem Paulo, que no meio da semana, só empatou com a LDU de Loja, no Equador, pela Copa Sula Miranda, continua viajando, e pega o Curitiba lá no Sul. O Titemão, que anda fazendo as provas dos quimonos e comendo sashimi, recebe o Sport, pensando em somar pontos logo para “se livrar” desse Brasileiro. E ai o Louco Futebol Clube aparece. Se os paulistas tirarem pontos dos adversários, dão uma mãozinha para o Parmera.

E o Santos, que levantou o caneco da Recopa Sul-Americana, ao vencer por 2 a 0 a Universidade do Chile, tem parada indigesta contra o Grêmio no Olímpico. Duelo contra o Pofexô Luxisburguer é sempre embaçado para os ex-times dele. O Peixe dificilmente sairá do meião da tabela, pois anda com bipolaridade aguda. Com Neymar, é uma coisa. Sem ele, deus me livre.

Fechando a bendita da rodada, Flamengo x Fluminense se enfrentam mais uma vez no ano em que o clássico completa 100 anos. Na ida, deu Mengo, com Vágner Love na Rede. E agora. Será que o líder do Brasileirão deixa esses três pontos mágicos escaparem?

Ainda nos cariocas, o Vasco recebe o Figueirense, e não pode bobear, senão lhe tomam a vaga na janela da frente. Já o Botafogo tem pedra brava no sapato lá na boa terra baiana, diante do Bahêa.  E Cruzeiro e Internacional se enfrentam lá no meio da bagaça.

Ai, Girsu

Mudança para os lados do Palestra Itália, gente mia. Após a saída de Felipão, 62, com seu estilo gaúcho, berrando, teatral, inconfundível, entra o paranaense Girsu Kreina,44, ex-técnico da Ponte Preta, com um estilo bem mais calmo, de muita conversa, orientação e estudo do jogo. Felipão, para só os que sabem as delícias e as desgraças de ser parmerense, é ídolo de se por na cabeceira da cama, na estante palestrina. Mas como nessa vida até a uva passa, o negócio é apostar no sósia do Fred Flinston, para, não sei como, assistir o Parmera se livrar da corda do pescoço.

E como vida de técnico pode ser tão ingrata quanto quenga do Bataclã, neste sábado já tem Palmeiras x Figueirense, em Florianópolis. Para os dois times, não adianta jogo de comadre, empate, chá das cinco. O Verdão, com 20 pontos, pode se igualar ao Figueira, que tem 23, ou deixar os catarinenses abrirem seis pontos e com muita certeza, confirmar que a vaca verde e branca já entrou dentro do brejo.

Futebol é um negócio muito doido, que anda sempre na linha perigosa da paixão, da técnica, da canelada ou do drible genial. Restam 13 rodadas neste Brasileirão, ou seja, 39 pontos, para que a sorte dos 20 times seja definida na temporada 2013.

Gilson Kleina, ou melhor, Fred Flinston, só não pode deixar o Palmeiras nessa sonolência toda

                                

No jardim dos animais

Após muito lenga lenga, chororô de dinheiro, vai pra lá vem pra cá, seu Paulo Henrique Ganso trocou de camisa. Sai do Santos, que tem o Pato Rodriguez, o Neymar Calopsita, e a Baleia de mascote, e vai para o São Paulo, que não tem atletas com apelidos de animais, mas todo mundo conhece o mascote alternativo do clube, que os rivais adoram zoar. O fim do dramalhão acaba com as cifra aproximadas de R$ 24 milhões pagos por sua multa, um contrato de cinco anos, e R$ 350 mil de cascalho mensal.

O mininu Ganso está machucado, e tem previsão de retorno para novembro. Até lá, a meiuca tricolor é do Jadson, o cara de assustado, e às vezes, do Maicon, Cícero, Casemiro. O mistério fica por conta de qual PH Ganso jogará no Tricolor: o jogador de 2010, com fino toque de bola e regência de maestro, ou o meia perdido, com rompantes de muitos chiliques, discussões, e futebol abaixo da crítica.

Sem o Ganso, mas com Lucas e Luis Fabiano, o Sem Paulo recebe o Cruzeiro, para ver se encaminha de vez essa entrada no G-4 da Libertadores. Ficar igual mosca de padaria, rondando a 5º ou 6º posição da tabela, não ajuda em nada nesses planos continentais.

26º rodada

Abrindo os trabalhos e os despachos da 26º rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense, ainda líder, recebe o encardido Náutico, em Volta Redonda, enquanto Santos e Portuguesa medem forças paulistas no Pacaembu. O Peixe, sem Neymar, suspenso, sonha com uma distante vaga para a Libertadores, enquanto a Lusa, vindo de duas derrotas, quer pontuar para ficar mais relax no meião da tabela.

Já na domingueira, com tempo de chuva e aquela preguiça tentadora do sofá, tem Botafogo x Corinthians, e para as bandas do interiorr, lá em Campinas, a Ponte Preta recebe o Vasco da Gama, que tropica, mas ainda não foi desalojado do G-4 bom.

Para os lados de Goiania, um confronto pra lá de interessante. O Atlético-GO, lanterna da bagaça, com 20 pontos, recebe o Framengo, com 28 pontos, 16º na tabela, e perigando demais ali na zona do agrião. Também nas bandas de baixo, tem Sport x Coritiba.

Fechando a rodada, o Inter, sempre mais ou menos, meia bomba, abre os portões do Beira-Rio para o Bahia, que nas cinco primeiras rodadas do returno, ainda não perdeu. Mas o jogão do fim de tarde já tem nome e sobrenome: Atlético-MG x Grêmio. A briga é lá em cima, entre o 2º e o 3º da competição, Luxemburgo, Ronaldinho, Kleber, polêmica e confusão.